Na coluna Mulheres que inspiram, hoje vamos homenagear Cecília Meireles.
“Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda“. (CM)
A poetisa nasceu no Rio de Janeiro, dia 7 de novembro de 1901. Foi escritora, jornalista, professora e pintora. Demonstrou interesse pela literatura e pela poesia desde muito nova. Aos 18 anos, publicou “Espectros” e desde então, não parou de publicar novas obras. Cecília ficou reconhecida mundialmente por seus textos, sua atuação na área da educação, seu trabalho também como jornalista no “Diário de Notícias”, além de palestras e conferências que realizava sobre educação, literatura brasileira, teoria literária e folclore, em diversos países do mundo.
Sua obra era intimista, densamente feminina, recebeu vários prêmios e foi traduzida para muitas línguas.
Dentre os tantos fatos importantes sobre sua vida, destaco aqui um: a autora e poetisa fundou a primeira Biblioteca Infantil do Brasil, em 1934, no Rio de Janeiro.
Segue abaixo um dos seus muitos poemas:
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Cecília Meireles